Espaço voltado para descrever a vivências do Curso de Especialização em qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Nova síntese "Lá não tem nada disso não"

Para finalizarmos nosso encontro retornamos a nossa questão de aprendizado....

Quais são os pontos críticos da comunicação frente ao processo de segurança do paciente?


A OMS padronizou a Comunicação efetiva como 2ª Meta Internacional para a Segurança do Paciente, no entanto foi observado que o tema é complexo e ainda necessita ser bastante estudado... existem poucas publicações envolvendo o tema e, muitas vezes, ele é menosprezado... É interessante destacar que a falta da comunicação gera ruptura dos processos de trabalho...

Como referencial para a discussão levei um trabalho que desenvolvi durante a realização de outro curso... "Formulário de transferências internas: instrumento facilitador para a comunicação efetiva"...

Entrevista com Maria Julia Paes da Silva, enfermeira e professora titular aposentada da Escola de Enfermagem da USP, com Livre-docência em comunicação interpessoal

Alguns pontos levantados:
  • Transferência de cuidados;
  • Comunicação inefetiva → EAs;
  • Erro na comunicação → erro na prescrição, exames, passagens de plantão;
  • A importância de sistematizar a comunicação;
  • É imprescindível para a continuidade da assistência;
  • Necessidade de estruturar, modelar formas de comunicação;
  • Abstrato;
  • Comunicação acontece de várias formas;
  • COMUNICAÇÃO PERMEIA TODOS OS PROTOCOLOS;
Comunicação
Cultura da organização
Parte do sistema
Engrenagem para o sistema (Alicerce)

Qualidade ⇒ Comunicação ⇒ Segurança

Cine Viagem - Empathy: Cleveland Clinic

No dia 01/06/17 chegamos no momento que mais gosto de participar... a discussão do Cine Viagem... Eu defino como um momento único onde é possível criar um vínculo entre a equipe, ops! Grupo Diversidade maravilhoso...

Iniciamos a discussão apresentando nossos novos companheiros de grupo Glaison que atua em unidade hospitalar, no pronto atendimento, e Wellington, que atua na atenção primária... também nos reapresentamos....

Nesse encontro o filme teve apenas 04 minutos de duração... mas quanto impacto ele causou e que discussão rica...

Abaixo disponibilizo o link para apreciação...


Durante a discussão novamente foi possível conhecer um pouco mais do nosso grupo e admirar a história de vida e superação... foi um momento indescritível.... Quando busco criar redes de amizades é nisso que eu penso... momentos que jamais serão esquecidos na nossa memória....

Foram levantados vários momentos:
  • Preconceitos: aprender a ser humano;
  • Nossos problemas ficam pequenos;
  • O que está gritando: mundo sendo desconstruído;
  • Lembramos da nossa colega que não pode participar da discussão por questões pessoais... seu esforço e dedicação...
  • Sensibilidade para perceber o momento do outro;
  • Importância do outro na vida da pessoa;
  • Não podemos comparar;
  • Se colocar no lugar do outro;
  • Modo de pensar;
  • Escutar o problema depois de uma situação vivenciada;
  • Tensão: empatia x pressão para resolver problemas;
  • Pontuar co-responsabilidades;
  • Equilíbrio entre as atitudes;
  • Blindas para conviver com a dor do outro;
  • "Nunca mais eu olhei para o outro com indiferença";
  • Gente sempre vai acrescentar;
  • Empatia: praticar 2x por dia mudaria o mundo, torna-se um exercício e posteriormente um hábito;
  • Empatia: - Praticar (exercício);  - Passar por doença (dor);
  • Não é preciso passar pela dor para criar empatia;
  • Acolhimento: faz total diferença;
  • Quebrar barreiras;
  • Ou eu faço... eu tenho que fazer... "Pra gente é taxa e o paciente é único."
  • "Pra gente é taxa e o paciente é único..."
  • O caminho do profissional não é fácil...
  • Falta abordar esse assunto na formação...
  • "Por isso desejo sempre: Muita saúde pra vc..."
  • Se tiver que emocionar... emocione...





OTPA 2 “Identificando problemas no cenário real”

No dia 31/05/17 reunimos o Grupo Afinidade para darmos continuidade na construção do Projeto Aplicativo (PA)....

Alessandra, nossa facilitadora, iniciou os trabalhos com uma frase de Gonzaguinha....

"De todos os sentidos é no tato que te sinto melhor...."


E assim iniciamos as nossas discussões....

Pensamos em um PA que seja capaz de abranger a todos os participantes do grupo, pois observamos que cada instituição hospitalar está em um determinado nível de desenvolvimento no que diz respeito à SEGURANÇA DO PACIENTE....





















Portifólio...

A importância da construção de uma ponte entre as realidades (curso x serviço);
Colocar em prática o aprendizado....
Disseminar a cultura de segurança.....


O curso vem expandido meus horizontes....

Na Semana da Enfermagem da instituição em que trabalho fui convidada a falar sobre Boas práticas para a segurança do paciente... Foi tão interessante a "segurança" que senti para discutir sobre o tema... a cada encontro observo esse aprimoramento...

Também fiz uma apresentação para o Colegiado Assistencial para implantação de uma ferramenta construída durante o desenvolvimento de um trabalho a fim de melhorar a comunicação interna durante as transferências... a apresentação foi super exitosa... assim como a discussão foi bastante rica.... e hoje já implantamos a ferramenta....  E fiquei tão satisfeita, pois fui elogiada sobre o domínio para apresentação do tema... foi bem gratificante... 

TBL Aplicação - “Como melhorar a qualidade e a segurança no cuidado ao paciente no Hospital Abdera?”

No dia 30/05/17 no período da tarde reunimos o "Grupo Diversidade" que na verdade considero a "Equipe Diversidade" conforme já expliquei em publicação anterior....

Com base nos protocolos básicos de segurança do paciente, selecionamos um e desenvolvemos um plano de ação utilizando como ferramenta a PDCA....

Foi bem interessante a construção do trabalho, pois as vivências de cada um possibilitou a construção de um trabalho interessante....








quinta-feira, 1 de junho de 2017

TBL "Qualidade e segurança do Cuidado no Hospital Abdera em Polis"

Iniciamos nosso 3º encontro....

Durante o período da manhã realizamos o TBL Compartilhamento: "Qualidade e segurança do cuidado no hospital Abdera em Polis".


Para discussão deste trabalho foi reunido a "Equipe Diversidade".. vamos explicar... rsrsrs.. essa equipe diversidade não é a que eu me refiro em outras postagens... houve uma certa confusão, pois identifiquei o Grupo Diversidade  como equipe e havia esquecido que também temos a Equipe diversidade... essa equipe é composta por mim, pela Luciana Maciel (DPP), Aline Milagres (DPP), Márcia Costa (UPAs), Hoberdan Pereira, Welington Martins (DPP), Gisele de Lacerda (FHEMIG)....   


Então vamos aos trabalhos...

Contextualizando....

Recebemos um texto sobre uma reunião realizada pela nova diretora do hospital Municipal de Abdera em que foram colocadas as principais dificuldades que a instituição estava tendo... eram diversos os problemas... de documentação, de recursos humanos, infraestrutura, processos desalinhados....

Tivemos questões para reflexão e em seguida iniciou a vídeo transmissão com Sandra Cristine da Silva, Gerente da Qualidade do Hospital Sírio Libanês...


Situações com maior impacto na qualidade e segurança do cuidado ao paciente:
  • Quando é observado análise da cadeia de segurança do paciente com desenho mal alinhado

                                                                        Gera

                                                                  Eventos Adversos

  • Qualificação profissional →desconhecimento leva ao erro →análise inadequada gera EAs;
  • Risco assistencial:
    • identificação individual para intervenção;
    • analisar de forma crítica →assim conhecer os pacientes;
  • Urgência e emergência: problema para a qualidade e segurança:
    • Gerir risco assistencial
    • Priorizar atendimento
    • Avaliação crítica dos riscos dos pacientes
      • Priorizar atendimento emergencial
      • Qualificar o time de entrada
      • Análise dos pacientes utilizando escala da fila adequada;
      • Capacitação da equipe.
  • Envolver a alta liderança:
    • Sensibilizar para qualidade e segurança;
    • Demonstrar que ↓ custos se ↑ a qualidade!
    • Liderança deve estar ao lado das iniciativas.

Ações que devem ser priorizadas, a curto prazo, para a segurança do paciente:


  • Desenvolvimento de protocolos demanda tempo (em média 01 ano para criar e implantar) sendo necessário visão multidisciplinar;
  • Quando se começa a pensar em segurança o início deve ser a implantação das metas internacionais de segurança:
    •  Implanta e monitora;
    • Olhar prioridade de maneira gradativa;
    • Criar grupo para cada meta observando a realidade local:
      • alinhou processo→ treinou →estabelece o ponto zero →cria-se auditorias internas (semanal, mensal) →adesão das metas (observação situacional). 
        • Exemplos: observar se o servidor está acionando o paciente pelo nome e pulseira antes de administrar medicamentos; no HSL existe a tripla checagem através de leitura de código de barra!!
        • Por amostragem enfermeira observa se o médico realiza o chck list da cirurgia segura;
        • Gestão à vista (quadro branco): é colocado indicadores para monitoramento beira leito;
        • Passagem de plantão: "Pit stop" - ocorre planejamento para cada paciente sendo discutidas metas para cada ala, ex.: se será administrado quimioterápico, a equipe prioriza tal situação para que não ocorra atrasos, solicitando a dispensação adequada.. ao final do plantão a equipe se reúne e discute se foram contempladas as metas do dia...
        • Alta direção vai a unidade para DISCUTIR JUNTO A EQUIPE ... o ENVOLVIMENTO É FUNDAMENTAL;
        • Em caso de Evento Adverso Grave → start em equipe com participação do CEO e diretor assistencial ⇒ realizam análise e desenvolvem o melhor plano de ação (quinzenalmente se reúnem para análise).


Dentre problemas apontados pela equipe da direção, qual requer maior sensibilização para enfrentamento?

  • CULTURA DE SEGURANÇA - Se a instituição não tiver o apoio da alta direção, não é possível implantar certificação - impulsionam, mas sozinha não caminha:
    • Como impulsionar: Notificação de EAs, análise;
    • No HSL já existe notificações voltadas para questão ambiental e de funcionários....
    • Média de notificações assistenciais em 2016 no HSL: 800 notificações/ mês e cerca de 7.000 anuais....  Isso mesmo!!! Vou levar para o resto da minha vida... vale a reflexão: se no HSL existe essa quantidade de notificações significa que a prestação de cuidados é inefetiva???
    • Cultura justa ⇄ responsabilização, trabalhar a transparência: quando o colaborador quebra o processo por opção, existe punição;
    • Feed Back das notificações e dos planos de ação para o setor;
    • 10 a 15 anos é a média de tempo para conscientizar a equipe e instituir a CULTURA DE SEGURANÇA!!! ⇒ é necessário mudança na forma de abordagem e precisa do envolvimento da alta Gestão...
    • Resistência à mudança: é necessário mostrar o real benefício ⇒ impacto da mudança ⇒ importância do negócio;
    • Criação do Garoto propaganda: Champion (buscar referências no setor para construir a sensibilização);
    • EA - realizar análise - descobrir onde a barreira foi quebrada;
    • Reunir a equipe mostrando o que acontece se não aderir;
    • Sensibilização por grupos: trazer a equipe para análise, envolvimento de todos;

Metas internacionais que devem ser priorizadas pelo OMS considerando o hospital abdera...


  • Higienização da mãos - ato simples ainda com pouca adesão;
  • Quedas - evento crítico;
    • Criação de protocolos que minimizem o impacto;
    • Termo para acompanhante;
    • Envolver a família;
    • Qualidade e segurança deve ser conversado com o paciente;
    • As vezes o paciente foi plenamente orientado mas quiseram sair do leito.  


Que manhã produtiva!! Encontro com a referência em Qualidade com diversas possibilidades de mudança... Turbilhão de ideias....

  1. Reimplantar protocolo de identificação de paciente;
  2. Rever a forma de análise de eventos adversos trazendo a equipe para participar junto;
  3. Rever indicadores de cirurgia segura.
Quando foi falado que a discussão sobre cultura de segurança do paciente é um ato de "Enxugar o gelo" me senti completamente contemplada, pois, na maioria das vezes, existe a vontade de desistir dessa bandeira, mas quando foi colocado que são de 10 a 15 anos para mudar a cultura penso que não posso desistir e muito menos abandonar meus ideais... trabalhar com o melhor sempre... em um local com processos bem desenhados e alinhados... tenho certeza que serei um ponto de mudança....

Todas as vezes que retorno do curso é com a bagagem cheia e com muitas ideias... irei colocá-las em prática no meu pequeno universo (Amado CTI) e irei disseminá-las depois demonstrando o impacto positivo disso tudo!!! 
Quase ia me esquecendo... minhas respostas individuais foram todas de encontro às respostas da expertise do HSL... fiquei muito feliz e vejo que ainda irei trabalhar em um hospital de tamanha referência... um sonho?! rsrsrs...